1º Hugo de Payens
Hugo de Payens (1070 - 1136), um fidalgo francês da região de Champanhe, foi o primeiro mestre e fundador da Ordem dos Templários.
Ele era de uma família que, segundo cartas que pertenciam à Abadia de Molesmes, tinha parentesco com os Montbard (família a qual pertencia São Bernardo de Claravale - André de Montbard) e era originalmente um vassalo do conde Hugo de Champanhe. Com ele visitou Jerusalém uma vez e ficou por lá depois de o conde voltar para a Condado de Champanhe. Foi aí que organizou um grupo de nove cavaleiros para proteger os peregrinos que se dirigiam para a Terra Santa no seguimento das iniciativas propostas pelo Papa Urbano II.
De Payens aproximou-se do rei Balduíno II com oito cavaleiros, dos quais dois eram irmãos e todos eram seus parentes, de Hugo de Payens, alguns de sangue e outros de casamento, para formar a Ordem do Templo de Jerusalém.
Os outros cavaleiros eram: Godofredo de Saint-Omer, Arcambaldo de Saint-Aignan, Payan de Montdidier, Godofredo Bissot, Hugo Rigaldo, e dois homens registrados apenas com os nomes de Rossal ou possivelmente Rolando e Gondemaro. O nono cavaleiro permanece desconhecido, apesar de se especular que ele era o próprio Conde de Champanhe.
Hugo de Payens terá nascido provavelmente em Château Payns, a aproximadamente 10 km de Troyes, em Champanhe, na França. Ele também foi um veterano da Primeira Cruzada (em 1099) tendo passado 22 anos de sua vida no leste da Europa.
É provável que Hugo de Payens tenha servido no exército de Godofredo de Bulhão durante essa Cruzada. Como grão-mestre, ele liderou a Ordem dos Templários por quase vinte anos até a sua morte, ajudando a estabelecer a fundação da Ordem como uma importante e influente instituição internacional militar e financeira.
Na sua visita a Londres em 1128, ele conseguiu homens e dinheiro para a Ordem, e também fundou a sua primeira sede lá, iniciando a história dos Templários na Inglaterra. Ele morreu na Palestina em 1136 tendo sido sucedido, como mestre, por Roberto de Craon.
2º Roberto de Craon
Roberto de Craon (m. 13 de janeiro de 1147) foi o segundo Grão-Mestre dos Cavaleiros Templários, de Junho de 1136 até sua morte.
Ele nasceu por volta da virada do século XII, o mais novo dos filhos de Renaud de Craon, sire de Craon. Fixou-se na Aquitânia e estava noivo da filha do Lorde de Angoumois, mas desistiu do casamento e viajou para a Palestina após aprender sobre a fundação da Ordem do Templo de Jerusalém.
Ele logo mostrou o seu valor militar e sua piedade e, em 1136, após a morte de Hugo de Payens, foi escolhido como o novo Grão-Mestre. Onde provou ser um brilhante organizador e legislador, e transformou a Ordem na maior força nos estados cruzados.
Em 29 de março de 1139, o papa Inocêncio II emitiu a bula Omne Datum Optimum, que isentava a Ordem de dízimos e fez independente de qualquer jurisdição eclesiástica. Todos os templários traziam uma cruz vermelha sobre uma túnica branca, que se tornou a imagem popular de um cruzado.
Era pouco hábil como líder militar. Pouco depois de ser eleito, derrotou Zengi o emir de Alepo e autorizou os cavaleiros a saquear o acampamento inimigo; Zengi retornou e destruiu os saqueadores desorganizados. Autorizou templários espanhóis a liderar uma expedição naval com cerca de 70 navios contra Lisboa, mas também terminou em derrota. Em 1139 os templários resistiram um exército turco numericamente superior na Batalha de Tecua, ao sul de Jerusalém, mas, perdendo metade dos seus homens. Em 1143, após longas negociações entre Raimundo Berengário IV (o Conde de Barcelona e um templário) a missão da Ordem na Península Ibérica foi definido. Segundo Guilherme de Tiro, Roberto participou do Conselho do Acre, durante a Segunda Cruzada em 1148, mas de acordo com o obituário de Reims, morreu em janeiro de 1147 (1149 segundo outras fontes), e foi sucedido por Everaldo de Barres, em abril daquele ano.
3º Everaldo de Barres
Everaldo de Barres também Eberhard von Barres ou Eberhard De Bären (Meaux, 1113 - 1174) foi Grão-mestre da Ordem do Templo de 1149 a 1151.
Juventude
Nascido por volta de 1113 em Meaux (Champagne), Everaldo de Barres entrou para a Ordem do Templo ainda muito jovem.
Em 1143, ele já era o preceptor da França.
No Oriente, em 1147, terá convocado o Capítulo Geral da Ordem em França. Eles convenceram o chefe da casa em Paris e decidiram participar ativamente na recém anunciada segunda cruzada. A Ordem juntou-se ao exército de Luís VII, Rei da França.
No Oriente
Desde o início do avanço do exército franco através da Anatólia (Janeiro de 1148) os templários mostraram sua coragem e bravura salvando o rei Luís VII de uma emboscada turca nos desfiladeiros da Pisídia, próximo ao Monte Cadmo. Depois dessa vitoria, Luis VII entregou todo o seu exército para o controle de Everaldo de Barres que comandou os cruzados com mãos de ferro. Ele dividiu o exército real em vários grupos cada um liderado por um cavaleiro templário. Graças à disciplina rígida imposta pelos Templários, o exército francês atravessou os perigosos desfiladeiros com perdas mínimas de vida. Na primavera de 1148, Luís VII e o resto de seu exército chegou em Antioquia. Sem qualquer recurso financeiro, ele enviou aos templários um pedido de empréstimo de 2000 marcos para suprir suas necessidades. Everaldo de Barres imediatamente foi a Acre recolher fundos. Este empréstimo foi o primeiro ato financeiro feito aos Templários, que mais tarde tornar-se-iam banqueiros de reis e grandes senhores. Em Jerusalém, Julho de 1148, Balduíno III reuniu os mestres do templo e os hospitalários, Luís VII e Conrado III para o propósito de sitiar a cidade de Damas. Em Agosto a expedição terminou em fracasso.
Mestre do Templo
Em Janeiro de 1149, Roberto de Craon morreu. Ele cedeu a função de mestre do templo a Everaldo de Barres. Este último se juntou a Louis VII, quando ele voltou para a França após a Páscoa de 1149. Em Maio de 1150, pela primeira vez, Everaldo de Barres dirigiu o Capítulo Geral da Ordem em Paris. André de Montbard, enquanto senescal da Ordem, ficou no Oriente. Ele enviou muitas cartas ao seu novo mestre requisitando sua presença na Terra Santa e pedindo-lhe para enviar reforços e dinheiro. Des Barres nunca respondeu tais cartas, porque decidiu abandonar sua função de mestre da Ordem.
Últimos Anos
Em abril de 1151, Everard entrou para a ordem cisterciense, na Abadia de Claraval, como um monge comum. Ele permaneceu lá, perdido em contemplação e preces, até sua morte em 1174, cerca de 24 anos depois.
4º Bernardo de Tremelay
Bernardo de Tremelay (em francês: Bernard de Tremelay; Dramelay, 1100 - Ascalão, 16 de agosto de 1153) foi o 4º Grão-Mestre dos Cavaleiros Templários de 1151 a 1153, tendo morrido em combate. Foi sucedido por André de Montbard e precedido por Everaldo de Barres.
Entrada para a Ordem
Bernard de Tremelay originario do condado da Burgúndia, filho de Humberto, senhor de Tremelay.
A decisão de Everaldo de Barres retirar-se para a Abadia de Claraval pegou de surpresa a Ordem. Depois de meses de negociações o Capítulo Geral decidiu eleger Bernard de Tremelay como seu novo mestre. Na ocasião ele era preceptor do Templo-lès-Dole em Jura, uma importante preceptoria.
No Oriente
No momento em que chegou à Terra Santa, Bernard de Tremelay foi recebido pelo rei Balduíno III que lhe deu o comando e posse da cidade fortificada de Gaza, que na época estava em ruínas. De Tremelay reconstruiu as muralhas da cidade e construiu novas torres e trincheiras para garantir a segurança da cidade. Ele também reforçou o sistema de defesa costeira, fortalecendo as cidades de Jafa, Arsus, La Roche Taillé e Le Daron. Estas cidades foram indispensáveis para a sobrivivência do Reino Latino do Oriente.
Balduíno III decidiu tirar vantagem de várias vitórias militares sobre o exercito de Noradine e das disputas internas entre alguns dignitários muçulmanos. Balduíno reuniu suas tropas e partiu para a cidade fortificada de Ascalão, sitiando-a.
Cerco de Ascalão
Em janeiro de 1153, os francos sitiaram a cidade de Ascalão mas fracassaram ao entrar. Na área ocupada pelos templários, uma torre de ataque foi posta próxima às muralhas da cidade, causando morte e terror aos defensores. Durante a noite de 15 de agosto os defensores da cidade tentaram atear fogo à torre por uma fogueira em sua base. Infelizmente para os defensores, o vento virou contra as muralhas da cidade. As muralhas foram então destruídas pelas bombas e constantes ataques. Uma grande parte da muralha caiu, rompendo suas defesas. Imediatamente, Bernard de Tremelay e quarenta cavaleiros avançaram através desta abertura e entrou na cidade. Ao mesmo tempo que impediu outros ataques. Os guardas turcos, inicialmente com medo dos cristãos entrarem em sua cidade, reagruparam e mataram ou capitularam todos os templários, incluindo o grão-mestre, Bernard de Tremelay. Na noite seguinte, os corpos dos quarenta cavaleiros decapitados foram pendurados de ponta-a-cabeça nas muralhas da cidade. Esta visão aterradora do massacre provocou a ira dos cristãos. A cidade caiu três dias depois.
O primeiro cerco viu a primeira morte de um mestre do templo em combate. Como consequência, uma discussão foi criada sobre os ações dos templários.
Segundo a maioria dos textos, parece que a segunda versão é mais lógica, mas talvez a história vai se lembrará da interpretação do grande cronista Guilherme de Tiro, um homem com um desagrado particular dos Templários.
5º André de Montbard
André de Montbard (Montbard, 1103 - Jerusalém, 17 de janeiro ou 17 de outubro de 1156) foi o quinto Grão Mestre dos Cavaleiros Templários e o último dos fundadores da Ordem.
Ele ocupou o cargo de senescal por mais de quinze anos antes de ser nomeado mestre da Ordem. Isso aconteceu após a morte de Bernardo de Tremelay na batalha de Ascalão. De Montbard aceitou a nomeação com a única intenção de impedir a eleição de Guilherme de Chanaleilles, que era o favorito de Luís VII, rei de França.
Guilherme de Chanaleilles era filho de Guilherme I de Chanaleilles um herói da Primeira Cruzada, juntamente com Raimundo IV de Toulouse. A eleição de Chanaleilles teria permitido o rei Luís VII a controlar a Ordem do Templo. Por sua vez, esse controle poderia ter sido usado para resolver o problema delicado da Aquitânia.
Quando o rei Luís VII casou-se com Leonor da Aquitânia os territórios do reino essencialmente dobraram tal era o patrimônio que veio com o casamento. Mas, em agosto de 1152, em resposta a um pedido do rei Luís, o Papa anulou o casamento por razões de consanguinidade. Quando Leonor casou-se com Henrique II, a quem deu a mesma propriedade, o direito de metade da França foi um problema delicado. Levou a Guerra dos Cem Anos para acabar com a crise da propriedade.
Quando André de Montbard tornou-se Mestre, ele já era um velho cavaleiro. Ele estava cansado depois de passar cerca de 25 anos nas fileiras da Milícia do Templo de Jesus Cristo. Como mestre, ele não era particularmente atuante e em 1156, ele abandonou seu posto e se retirou para a Abadia de Claraval para onde antes tinha sido abade desde a sua fundação o seu sobrinho, por ser irmão da mãe de São Bernardo de Claraval, o grande responsável pela criação da regra dos templários, entretanto falecido, e repetindo o mesmo comportamento que um seu antecessor Everaldo de Barres que tinha feito o mesmo antes. No entanto passado pouco tempo terá voltado pois morreu, em Outubro de 1156, em Jerusalém, e foi sucedido por Bertrando de Blanchefort.
6º Bertrando de Blanchefort
Bertrando de Blanchefort ou Bertrando de Blanquefort (Guiena, c. 1109 - 2 de janeiro de 1169) foi o sexto Grão-Mestre dos Cavaleiros Templários de 1156 até sua morte em 1169. Ele é conhecido como o grande reformador da ordem.
Nascido por volta de 1109, Bertrando de Blanchefort era o filho caçula do Lorde Godofredo de Blanchefort da região de Guiena.
Algumas crônicas atestam De Blanchefort tornando-se Mestre da Ordem alguns dias depois da morte de André de Montbard, o que pressupõe que sua eleição foi preparada com antecedência pelo Capítulo Geral.
Em 1157, De Blanchefort lutou ao lado Balduíno III contra Noradine na batalha perto de Banias.
Retornando desta campanha militar, Balduíno III dispensou todo o seu exército e foi calmamente para Jerusalém. Noradine, informado da dispersão do exército franco, organizou uma emboscada no Vale de Jacó, ao longo do Lago Hule.
A surpresa foi tão grande que a maioria dos cavaleiros francos foram mortos ou capturados. Apenas Balduíno III e poucos de cavaleiros conseguiram escapar. Entre os cavaleiros capturados, eram dois os dignitários da Ordem: Odo de Saint Amand, o marechal da Ordem, e o nosso Bertrando de Blanchefort. Estiveram prisioneiros de Noradine, em Damas por três anos, até que o imperador bizantino, Manuel I Comneno negociou um Tratado de Paz e comprou a liberdade dos cavaleiros aprisionados.
Uma vez libertado, Bertrand de Blanchefort deu início a uma pequena, mas profunda reforma. Ele escreveu o Retraits, que especificava os usos hierárquicos e ações do Mestre. Em outras palavras de Blanchefort diferenciava os templários baseados no estatuto e missão de cada dignitário e membro. Ele também especificou que o Grão-Mestre não podia mais decidir o futuro coletivo da Ordem sem o acordo do Capítulo Geral.
Assim como conseguiu do papa Alexandre III o direito dos grão-mestres da Ordem a usar o título de «mestre pela graça de Deus» e a de ostentar um bastão de comando, o Abacus.
Em 1163, Amalrico I sucedeu seu irmão Balduíno III como Rei de Jerusalém. Ele imediatamente decidiu concentrar todos os seus esforços de combate no Califado Fatímida, que já havia sido derrubado por uma guerra civil entre os sunitas e xiitas. Bertrand de Blanchefort, bem como o Grão-Mestre dos Hospitalários, acompanharam Amalrico I em sua campanha egípcia.
Em setembro de 1163, o exército franco chegou a Bilbais (antiga Pelouse), a cidade-chave do delta do Nilo, e a sitiou. A cidade estava prestes a cair quando Dirgam, o chefe do exército egípcio, destruiu os diques do rio e inundou as planícies onde os francos estavam entrincheirados. Isso deixou os francos, sem opção a não ser recuar.
No ano seguinte, Amalrico retomou sua campanha contra os egípcios e voltou para sitiar Bilbais. Os exércitos das duas Ordens foram uma ajuda constante. Durante este tempo, Noradine empreendeu uma grande manobra diversionista contra o Condado de Trípoli e o Principado de Antioquia. Ele também tomou a cidade de Harim. Para conter o avanço de Noradine os francos enviaram um cavaleiro do Templo, Godofredo Fulque, ao sultão do Cairo. A missão de Fulque era agir como um emissário de Amalrico I e fazer uma aliança contra os Aiúbidas de Noradine.
Em 1168, Amalrico decidiu retomar novamente a sua campanha contra os egípcios, mas desta vez Bertrand de Blanchefort se recusou a acompanhá-lo por causa do tratado negociado pelo emissário Templário no ano anterior. De acordo com o obituário de Reims, Bertrand de Blanchefort morreu de cansaço e velhice em 2 de janeiro de 1169.
Foi sucedido por Filipe de Milly.
Cultura Popular
A partir de 1960 foi afirmado que erroneamente, que Bertrand de Blanchefort era relacionado a uma família de mesmo nome, localizada perto de Rennes-le-Château. Esta afirmação foi desacreditada na França em 1984.
7º Filipe de Milly
Filipe de Milly, também conhecido como Filipe de Neápolis ou Filipe de Nablus (em latim: Philippus Neapolitanus; c. 1120 — 3 de abril de 1171) foi barão no Reino de Jerusalém e o sétimo grão-mestre dos Cavaleiros Templários. Brevemente contratou o trovador Pedro Bremon na Terra Santa.
Vida
Primeiros Anos
Filipe era filho de Guido de Milly, um cavaleiro de origem incerta, que testemunhou uma dúzia de cartas reais no Reino de Jerusalém entre 1108 e 1126. Guido tinha feudos na propriedade real em torno de Nablus e Jerusalém. A esposa de Guido era uma nobre flamenga chamada Estefânia, segundo a Linhagens do Ultramar do final do século XIII. A mesma fonte afirma que Filipe foi o filho mais velho, mas a alcunha de seu irmão, Guido-Francigena ("nascido na França") - implica que Guido foi o irmão mais velho de Filipe, nascido antes de seus pais irem à Terra Santa. A Linhagens do Ultramar também afirma que era sobrinho de Pagano, o Mordomo, mas nenhuma outra fonte primária refere-se a Pagano como seu tio.
A data da morte de Guido é incerta, mas provavelmente ainda estava vivo no começo da década de 1130. Filipe herda as propriedades de seu pai em torno de Nablus. Ele casou-se com uma nobre chamada Isabel antes de 1144. Seu nome é a única coisa que se sabe sobre ela, mas Steven Runciman escreve que era parente de Maurício da Transjordânia. Filipe aparece pela primeira vez em carta régia em 1138.[3] A ausência de Filipe e seus irmãos nas listas de testemunhas das cartas na década de 1130 mostra que podem não ter assegurado a posição de seu pai durante o reinado de Fulque. Fulque tomou o trono através de seu casamento com Melisenda e nomeou seus próprios homens aos ofícios mais importantes.
Vassalo régio
Senhor de Nablus
A carreira de Filipe começou apenas após a morte de Fulque e Melisenda tornar-se a governante de Jerusalém. Ele foi mencionado pela primeira vez como senhor de Nablus em 1144. Mais tarde naquele ano, a rainha nomeou-o junto com o príncipe Elinardo e Manassés de Hierges para liderar um exército para aliviar Edessa, mas Zengi capturou a cidade antes deles chegarem. Durante os anos seguintes, tomou mais feudos, incluindo as terras nas colinas próximo de Nablus e Tiro. Em 1148, após a chegada da Segunda Cruzada, Filipe participou no conselho que se reuniu em Acre, onde ele e outros barões locais foram ignorados na decisão fatal de atacar Damasco.
Junto com a poderosa família Ibelin, Filipe foi o apoiante de Melisenda durante seu conflito com seu filho Balduíno III. Na divisão do reino em 1151, Melisenda ganhou controle de sua porção sul, incluindo Nablus. Apesar dessa organização, Filipe apoiou Balduíno durante o Cerco de Ascalão em 1153. Ele conferiu propriedades à Ordem de São Lázaro em 1153. Desde 1155, Filipe foi regularmente listado entre as testemunhas das cartas e Balduíno. Ele participou no alívio de Banias em junho de 1157, mas ele e suas tropas logo retornaram para casa, e não estiveram presentes na subsequente emboscada de Noradine a Balduíno no Vau de Jacó.
Senhor da Transjordânia
Filipe trocou o Senhorio de Nablus com Balduíno pela Transjordânia em 31 de julho de 1161. Como Melisenda esta morrendo, o acordo foi confirmado por sua irmã, Hodierna, em seu nome. O rei reteve as receitas as caravanas e as tribos beduínas que cruzavam a Transjordânia. Um dos vassalos de Filipe, João Gothman, foi obrigado a jurar fidelidade diretamente ao rei. Filipe fortaleceu o Castelo de Caraque com fosso e torres. Ele fez uma peregrinação ao Mosteiro de Santa Catarina no monte Sinai no começo da década de 1160.
Cavaleiro Templário
Filipe juntou-se a ordem militar dos cavaleiros templários em janeiro e 1166, dando-lhes porção significativa da Transjordânia, incluindo o Castelo de Amã. Agindo contra a decisão dos templários, Filipe juntou-se na invasão do Egito de Amalrico I em 1167. A família Ibelin mais tarde lembrou de um evento durante o Cerco de Bilbeis no qual Filipe salvou a vida de Hugo de Ibelin, que havia quebrado sua perna quando seu cavalo caiu em um fosso. Os templários como um todo recusaram-se ajudar na invasão, e o rei culpou-os pela fracasso da expedição. Após a morte do grão-mestre Bertrando de Blanchefort em janeiro de 1169, Amalrico pressionou-os para eleger Filipe em seu lugar em agosto daquele ano. Com a eleição de Filipe, Amalrico readquiriu o apoio templário à invasão do Egito, mas pelo fim do ano Amalrico foi forçado a se retirar. Por razões desconhecidas Filipe resignou em 1171, e foi sucedido por Odo de Saint Amand. Filipe acompanhou Amalrico a Constantinopla como embaixador ao imperador Manuel I (r. 1143–1180) de modo a restaurar as boas relações após o fracasso da expedição egípcia. Ele provavelmente morreu em 3 de abril, antes de chegar em Constantinopla.
Família
A vila pessoal de Filipe é amplamente desconhecido. Guilherme de Tiro descreve-o como um dos "homens bravos, valente em armas e treinado desde seus primeiros anos na arte da guerra" que acompanhou Amalrico ao Egito. Com sua esposa Isabel teve um filho, Reinaldo (que viveu além dele), e duas filhas, Helena e Estefânia. Isabel provavelmente morreu em 1166, o que pode ter levado a decisão de Filipe em tomar votos como irmão dos cavaleiros templários. Suas terras foram herdadas por sua filha mais velha Helena, esposa do senhor de Beirute Gualtério III, e após a morte de Gualtério, por Estefânia e seus maridos.
8º Eudo de Saint Amand
Eudo ou Odão de Saint Amand (em francês: Eudes de Saint-Amand; em latim: Odo; 1110 - 1180) foi o oitavo Grão-Mestre dos Cavaleiros Templários entre 1171 e 1179.
Vida Pessoal
St. Amand nasceu em uma família de Limusino, em França mas na Aquitânia quando se tinha aliado à Inglaterra sua rival. Ele foi Marechal de Jerusalém e depois Visconde. Ele era um líder obstinado da ordem, que lhe renderam elogios e ressentimentos em igual medida. Um exemplo disto pode ser encontrado em 1172 quando um cavaleiro templário, Gualtério de Maisnil, foi acusado de assassinar um dignitário islâmico pelo rei Amalrico I e St Amand se recusou a entregá-lo. Ele citou a bula papal que estipulava que o único poder sobre os templários era Roma.
Carreira Militar
Ainda no tempo do grão-mestre Bertrando de Blanchefort e com o posto de marechal ordem, quando lutavam ao lado Balduíno III de Jerusalém contra Noradine, em 1157, foram ambos aprisionados depois de sofrerem uma emboscada no Vale de Jacó e só libertados passados três anos.
Já como grão-mestre, St. Amand participou de várias expedições durante o seu tempo.
Liderou uma ação militar em Nablus, Jericó e Gérasa, marcando vitórias consideráveis.
Talvez seu melhor momento foi na Batalha de Monte Gisardo, onde os seus cavaleiros derrotaram o superior exército de Saladino.
Em março de 1179, em St Amand supervisionou a construção da fortaleza de Chastellet. Sua posição e inexpugnabilidade tornou um incômodo para Saladino e ele ofereceu uma quantia considerável de dinheiro para tê-la destruída. Foi tão eficaz que o ataque de Saladino a Jerusalém, em maio desse ano, foi derrotado. Suas forças destruíram as resistentes muralhas, e os combates ferozes dos Templários ali posicionadas causaram pesadas perdas para aos muçulmanos.
Tentando tirar proveito da vitória, um ataque contra as forças islâmicas foi organizada. Dando-se a Batalha de Marj Ayun, a 26 de Maio. Em número de oitenta cavaleiros foi liderada pelo rei Balduíno IV, Raimundo III de Trípoli, Rogério de Moulins e o nosso Odão de St Amand. No entanto, Saladino se reagrupou e dizimou as forças cristãs. Balduíno IV escapou do massacre, levando com ele a Verdadeira Cruz, mas St. Amand foi capturado e levado como refém.
Pouco depois, em agosto de 1179, a nova fortaleza dos Templários foi capturada e os cavaleiros ali posicionados foram decapitados pelas forças muçulmanas.
St Amand morreu em um dos presídios de Saladino, embora ainda sem a data exata, em algum momento durante o mesmo ano de 1179. Sua libertação foi proposta, em troca de um sobrinho de Saladino em cativeiro, mas as negociações chegaram muito tarde.
Em consequência disso o papa Alexandre III mandou editar a bula "Ad vestram non dubitamus", dirigida aos arcebispos e bispos para receberem condignamente os peregrinos que regressavam, atendendo que a Santa Sé tinha obrigação de confortar os que padeciam em defesa da fé, e recomendava para que honrassem ainda mais do que era costume fazê-lo os cavaleiros templários.
Recolhendo Doações
Não foram só as vitórias de St. Amand importantes do ponto de vista militar, elas foram fundamentais na obtenção de novas promessas de dinheiro e recursos dos vários países da Europa. A exemplo, inspirado pela sensacional vitória dos templários em Monte Gisardo, o Lorde Reinaldo de Margat doou metade da renda das suas cidades para as causas da ordem.
9º Arnaldo de Torroja
Arnold de Torroja (catalão : Arnau de Torroja ; - 30 de setembro de 1184) foi um cavaleiro da Coroa de Aragão e do nono Grão-Mestre dos Templários de 1181 até sua morte em 1184.
Vida Pessoal
Enquanto nenhuma data de nascimento sobrevive para Torroja; ele era muito velho em sua morte, sendo mais de 70 anos quando foi eleito como Grão-Mestre. Ele serviu na ordem por muitos anos e foi o Mestre Templário em ambas as Coroas de Aragão e Provença .
Registro Militar
Reconquista
A carreira militar de Torroja se concentrou principalmente na Reconquista, lutando contra os muçulmanos pela Coroa de Aragão e por Portugal, mas atuou principalmente na Catalunha e em Aragão. Sua nomeação como Grão-Mestre foi provavelmente devido a sua imagem como um estranho, ou seja, um Templário experiente cuja base de poder estava fora da Terra Santa. Isto apelou para a ordem como o antigo Grão-Mestre Odo de St Amand tinha se envolvido na política de Jerusalém, mas isso significava que Torroja era inexperiente na "situação política dos Estados latinos ". Ele se tornou o novo líder da ordem em 1181.
Conflito com os Hospitalários
Durante o reinado do Grão-Mestre, os Cavaleiros Hospitalários alcançaram um novo pico em sua influência. Houve rivalidade entre ordens anteriormente, mas o facciosismo em face da pressão muçulmana renovada era inaceitável. Os dois grão-mestres reuniram-se para mediação com o papa Lúcio III e o rei Baldwin IV e os problemas foram resolvidos. Na verdade Torroja é registrado como um diplomata habilidoso atuando como mediador entre vários grupos políticos no Oriente. Ele também conduziu negociações de paz bem-sucedidas com Saladino após as invasões de Raynald de Châtillon na Transjordânia.
Embaixada na Europa
Em 1184, Torroja partiu com o Patriarca Heráclio e o Grão-Mestre Roger de Moulins dos Cavaleiros Hospitalários para reunir o apoio europeu ao Reino de Jerusalém. Eles planejaram visitar a Itália , Inglaterra e França, mas ele adoeceu e morreu em Verona em 30 de setembro de 1184. Ele foi sucedido como Grão-Mestre por Gérard de Ridefort.
Túmulo
Em fevereiro de 2018, foi anunciada a descoberta de um túmulo na igreja de San Fermo Maggiore, em Verona , que quase certamente é o lugar de descanso final de Arnold. O sepulcro continha um sarcófago de pedra com uma patta entalhada nele, contendo ele próprio um corpo humano, e várias análises conduzidas por pesquisadores das Universidades de Verona , Bolonha e Nottingham juntas confirmariam a identidade do falecido; seria a primeira tumba conhecida de um Grão-Mestre Templário.
A partir de uma análise preliminar, os restos mortais são de um homem na casa dos cinquenta anos que viveu há sete séculos e sofria de dor nas costas e dor de dente. Junto com os ossos, restos de um vestido de seda fina datável do século 12, bem como o que parece ser uma mortalha , sustentam ainda mais a identificação. O DNA dos ossos será comparado com o do irmão de Arnold, o então arcebispo de Tarragona , Guillermo de Torroja.
10º Geraldo de Ridefort
Geraldo de Ridefort (* 1141 - † Outubro 1189) foi o décimo Grão-mestre da Ordem dos Templários desde finais de 1184 ou princípios de 1185 até à sua morte em batalha, no cerco de Acre, em 1189.
Nascido em 1141 na região de Flandres, Geraldo de Ridefort chegou na Terra Santa como um aventureiro tentando a sorte. Sua primeira ação foi formar uma amizade com Raimundo III, conde de Trípoli. Mas logo se irritou quando o conde, não quis organizar seu casamento com uma rica herdeira de um feudo do condado. Geraldo de Ridefort então voltou-se para o Reino de Jerusalém, onde se tornou íntimo de Guido de Lusignan, que, naquela época, estava em uma boa posição para suceder Balduíno IV, o jovem rei doente.
De Ridefort conseguiu entrar para a Ordem do Templo, onde foi eleito senescal em 1183. No final de 1184, foi eleito Grão-Mestre da Ordem para surpresa dos Barões da Terra Santa. Em 1185, após a morte de Balduíno IV, de Ridefort decididamente ficou ao lado de Guido de Lusignan contra Raimundo III para a sucessão ao trono. Geraldo de Ridefort e Guido de Lusignan manipularam tão bem que este último foi coroado em julho de 1186.
A situação política no Oriente estava muito confusa neste momento. Saladino queria invadir territórios do Reino de Jerusalém, porque o novo rei recusou-se a castigar Reinaldo de Châtillon pelos ataques que ele cometeu em territórios muçulmanos.
Mas para entrar no Reino, Saladino teria que passar por terras pertencentes a Raimundo III, com quem ele estava em paz. Isso fez com que a situação de Raimundo III fosse bastante desconfortável. De um lado ele tinha que respeitar as negociações concluídas com Saladino e do outro lado ela tinha que deixar que os muçulmanos atravessarem o seu domínio, mesmo sabendo que eles queriam abater os cristãos.
Raimundo III firmou um acordo com os mensageiros de Saladino. Ele aceitou que apenas as sentinelas do exército de Saladino poderiam entrar Galileia e só por um dia. Estavam autorizados a primeiramente estarem nas cidades de Nazaré e Tiberíades mas sem causar qualquer dano. Para evitar conflitos Raimundo informou às guarnições e os habitantes destas cidades que se abrigassem atrás das muralhas durante a passagem dos muçulmanos.
O compromisso com Raimundo III teria sido bem sucedido se não fosse pelo o orgulho de Geraldo de Ridefort. Em 01° de maio, de Ridefort alertou a guarnição templária de Qaqûn (entre São João de Acre e Chateau Pelerin) sobre a força que se aproximava. O alerta levou noventa cavaleiros templários ir a Nazaré e reuniu os defensores da cidade. Eles imediatamente avançaram em direção aos muçulmanos, encontrou-os perto da fonte de Séforis (Saffûrya).
O orgulho de De Ridefort resultou no massacre de todos os cavaleiros francos. Apesar das tentativas de Rogério de Moulins, Mestre dos Hospitalários e Tiago de Mailly, Marechal do Templo, o que Geraldo de Ridefort, o mestre queria liderar seus 150 cavaleiros contra os 7000 guerreiros Aiúbidas. A batalha que se seguiu só viu três cavaleiros escapar. Geraldo de Ridefort era um deles. O Mestre do Hospitalários, o Marechal do Templo e outros cavaleiros templários que não foram mortos no campo de batalha foram capturados e decapitados imediatamente. No início de julho, Geraldo de Ridefort estava mais uma vez perante os exércitos reunidos por Guido de Lusignan e reconciliados com Raimundo III.
O orgulho e a loucura de De Ridefort foram elementos que provocaram o desastre na Batalha de Hatim. Nesta batalha, 30.000 cruzados foram mortos ou capturados, e somente poucos conseguiram escapar. Saladino capturou e executou 230 Cavaleiros Templários. Geraldo de Ridefort também foi capturado, mas por uma razão desconhecida, por ordem de Saladino foi libertado.
Depois desta grande vitória, Saladino continuou seu avanço através do Reino de Jerusalém e tomou várias cidades. Estas incluíam Gaza e Ascalão, que eram defendidas pelos Templários que se renderam sem lutar.
Na véspera da Terceira Cruzada apenas algumas cidades e fortalezas eram defendidas no resto dos quatro Estados Latinos. Em 1189, os francos, com ânimo renovado com a presença de Conrado de Monferrato e, graças à chegada das numerosas tropas da Terceira Cruzada, realizou o cerco de Acre. A cidade havia sido apreendida pelos muçulmanos após a sua vitória em Hatim. Durante o cerco, Saladino chegou ao Acre com um exército de reforço e cercaram o exército franco que cercavam a cidade. A batalha foi violenta, e os francos, galvanizados pela presença dos Templários, conseguiram quebrar as linhas de Saladino e fazer seu caminho para a sua tenda. Saladino apenas conseguiu escapar, protegido pelo sacrifício de seus mamelucos. A luta, porém, permaneceu indecisa. Os templários, liderados por seu Mestre Geraldo de Ridefort, conseguiram conter e combater os muçulmanos. No entanto, em 1° de outubro de 1189, Geraldo de Ridefort morreu no sopé do Monte Toron, na planície perto das muralhas do Acre.
11º Roberto IV de Sablé
Robert de Sablé (em latim: Robertus de Sabloloi; 1162-1193) foi Grão-Mestre da Ordem dos Templários entre 1191 e 1193 e Senhor de Chipre entre 1191 e 1192.
Vida
Ele nasceu em uma família militar em Anjou. Seu senhorio foi baseado em um conjunto de terras no vale do rio Sarthe, que ele herdou na década de 1160.Ele se casou com Clémence de Mayenne (morreu antes de 1209). Ele foi sucedido em Anjou por sua filha Marguerite de Sablé, que por casamento passou toda a propriedade para William des Roches, também um cavaleiro da Terceira Cruzada. Robert morreu na Terra Santa em 23 de setembro de 1193. Embora não existam registros exatos de sua data de nascimento, acredita-se que ele era relativamente velho no momento de sua morte em comparação com a expectativa de vida média do século XII.
Vida Militar
Guerra da Dinastia de Angevina
Em 1173, Sablé apoiou Henrique o Rei Jovem, herdeiro aparente ao trono do Reino da Inglaterra e ducado da Normandia, em uma revolta contra seu pai Henrique II durante a Revolta de 1173-1174. O levante foi esmagado, mas Roberto permaneceu a favor dos Reis Angevinos, como Ricardo,que mais tarde seria fundamental em sua nomeação como Grão-Mestre .
Terceira Cruzada
Apesar de apenas ter um mandato curto, o reinado de Sablé foi preenchido com campanha bem sucedida. Antes de sua eleição como Grão-Mestre, ele levou a marinha do rei Ricardo I da Inglaterra e Normandia para o Mediterrâneo, envolvendo-se na Reconquista em passagem. A força combinada da estratégia de Ricardo Coração de Leão, as tropas experientes e os cavaleiros templários marcaram muitas vitórias. Durante a Terceira Cruzada, sitiaram a cidade do Acre, que logo caiu. Ao longo de agosto de 1191, eles também recapturaram muitas fortalezas e cidades ao longo da costa do Levante no Mediterrâneo Oriental, que havia sido perdido anteriormente.
A melhor hora da nova coalizão foi a Batalha de Arçufe, em 7 de setembro de 1191. As forças muçulmanas de Saladino pareciam se tornar muito mais fortes do que os cristãos, e uma vitória decisiva era desesperadamente necessária. Juntando toda a força do cruzado, os Cavaleiros Hospitaleiros se juntaram às fileiras, além de muitos cavaleiros de Anjou, Maine e Brittany. Eles encontraram tropas de Saladino nas planícies secas e logo quebrou suas fileiras. Aqueles que ficaram para lutar foram mortos, e as restantes tropas islâmicas foram forçadas a recuar.
Aquisição de Chipre
No final de 1191, Ricardo Coração de Leão concordou em vender Chipre aos Templários por 25.000 peças de prata. Richard tinha saqueado a ilha das forças bizantinas do tirano Isaac Comneno do Chipre alguns meses antes e não tinha nenhum uso real para ele. Os Hospitaleiros estabelecerão mais tarde bases sólidas nas ilhas de Rodes e Malta, mas Sablé não fez o mesmo com a ilha de Chipre. Ele foi senhor por dois anos, até que ele deu (ou vendeu) a ilha a Guido de Lusignan, Rei de Jerusalém, como ele estava sem um reino.
Sablé conseguiu estabelecer uma sede da Ordem em São João d'Acre, que permaneceu por quase um século.
Eleição Atrasada
Sablé teve a sorte de ter sido o Grão-Mestre, como na época da morte de Gerardo de Ridefort, ele nem sequer era membro da Ordem dos Templários. No entanto, os cavaleiros mais velhos tinham-se tornado cada vez mais opostos aos mestres que lutavam na linha de frente, e a captura e decapitação do Grão-Mestre Gerardo de Ridefort tornou-se a última gota. Eles atrasaram as eleições por mais de um ano para que as regras relativas ao serviço ativo dos Grão-Mestres pudessem ser revistas. Durante este hiato, Sablé juntou-se à ordem, justo a tempo de ser considerado para a eleição. Quando ele foi feito Grão-Mestre, ele tinha sido um Cavaleiro Templário por menos de um ano.
12º Gilberto Horal
Gilberto Horal (em aragonês: Gilbert Horal) (* 1152 - † Dezembro de 1200) foi o décimo segundo Grão-Mestre dos Cavaleiros Templários.
Gilberto Horal era provavelmente de origem Aragonesa. Ele era um membro da Ordem do Templo desde seus primeiros dias. Ele permaneceu na Provença e Aragão, onde ele participou de várias batalhas da "Reconquista". Depois de alguns anos, tornou-se governante da Província de Aragão, em seguida, em 1190, ele foi nomeado Visitador da França. Em 1193, após a morte de Robert de Sable, foi nomeado Grão-Mestre da Ordem.
Em 1194, o Papa Celestino III confirmou a bula papal "Datum Optimum Omne" e assim estendida todos os privilégios anteriormente permitidos à Ordem. Prudente e racional, ele tentou manter uma política de equilíbrio entre cristãos e muçulmanos. Ele comprometeu-se fortemente para que o Tratado entre Saladino e Ricardo Coração de Leão fosse respeitado pelos cristãos.
Papa Inocêncio III e vários lordes francos denunciaram a atitude de Horal, acusando a Ordem de traição e de conspiração com o inimigo. Gilberto Horal teve que usar de toda sua arte diplomática para acalmar suas mentes.
Durante o tempo em que Horal foi Mestre, disputas entre Templários e Hospitalários assumiram proporções gigantescas e desastrosas. As duas Ordens engajadas em lutas armadas sobre a posse das cidades e castelos. Na briga, o Papa Inocêncio III mediava em favor dos segundos. Dava a impressão que ele não poderia perdoar os Templários pelos tratados que assinaram com Malek-Adel, irmão do falecido Saladino.
Na cenário europeu, Gilberto Horal teve tempo para organizar e fortalecer as posses dos Templários na França e na Apúlia.
Na Espanha, os Templários participaram ativamente da 'Reconquista'.
Em 1196 Afonso II, rei de Aragão, deu-lhes a fortaleza de Alfambra para recompensa a Ordem por seus esforços em batalha.
Durante o reinado de Horal como Mestre da Ordem monástica dos Hospitalares da Santa Virgem dos alemães tornou-se uma ordem militar como Templários e Hospitalários. Essa nova ordem logo seria chamada a Ordem Teutônica. Gilberto Horal morreu em dezembro de 1200, no início da Quarta Cruzada.
13º Felipe de Plessis
Felipe de Plessis (em francês: Phillipe du Plessis) (* 1165 - † 1209). Nascido por volta de 1165 no castelo de Plessis-Macé perto Angers, Felipe de Plessis foi criado pela antiga família angevina. Em 1189, ele participou na Terceira Cruzada como um cavaleiro secular.
Chegando a Terra Santa, ele descobriu a Ordem do Templo. Ele ficou impressionado com a disciplina e a bravura da Ordem mostradas nas batalhas e então decidiu assumir o seu manto branco. Ele foi eleito Mestre da Ordem, na primavera de 1201, alguns meses após a morte de Gilberto Horal. Após a eleição, de Plessis adotando os mesmos princípios orientadores do seu antecessor, em que ele confirmou a trégua entre Saladino e Ricardo Coração de Leão. E mais, no final deste tratado em 1208, de Plessis propôs para os Mestres dos Hospitalários e Teutônicos que eles fizessem um novo tratado de paz com Malek-Adel, o novo líder muçulmano.
Os embaixadores pontifícios criticaram duramente este novo acordo, e uma crise política seguiu-se entre os Templários e Papa Inocêncio III. O Papa chegou a ameaçar os Templários com a apostasia se recusassem a obedecer ao núncio apostólico.
Durante o período de Felipe como Mestre, os Templários raramente participaram de ações militares. A Quarta Cruzada ficou fora de seu controle, como foi o fim do cerco de Constantinopla. Isso pode muito bem ter adequado de Plessis como ele geralmente tentou manter um bom relacionamento e pacífica com os muçulmanos. Apesar de seus melhores esforços, no entanto, uma grave crise eclodiu entre a Ordem do Templo e o Rei da Armênia em relação a fortaleza de Gastein.
O rei da Armênia aproveitou o conflito para expulsar os Templários de seu reino e tomar suas propriedades. O Papa teve de intervir e julgar em favor dos Templários. A Ordem recuperou seus domínios indevidamente apreendidos. A relação entre os Templários e os Hospitalários era ainda menos do que amigável. Seu relacionamento era outra disputa na qual o Papa teve que intervir constantemente a fim de resolver problemas. Nesses conflitos inter-Ordem, o Papa deu a sentença em favor dos Hospitalários. Isso levou os Templários a aumentar a desconfiança com o papado.
Para a honra de Felipe, durante seu mandato como mestre, a Ordem alcançou o auge de seu desenvolvimento na Europa. Doações e recrutas chegavam de cada província Templária.
O nome de Felipe apareceu pela última vez em um ato assinado em 1209. O obituário de Reims menciona sua morte, em 12 de novembro de 1209.
14º Guilherme de Chartres
Guilherme de Chartres (em francês: Guillaume de Chartres) (* 11?? - † 1218) foi um Grão-Mestre dos Cavaleiros Templários entre 1210 e 1218.
Proveniente de Champanhe (província de Champanhe), Guilherme de Chartres entrou na Ordem, quando ele era muito jovem. Foi admitido pelos irmãos da Preceptoria de Sours, localizado perto de Chartres. A rota de De Chartres na Ordem antes da sua eleição como Mestre é um pouco desconhecido. O que se sabe é que ele foi eleito Mestre no início de 1210, algum tempo após a morte de Phillipe de Plessis no final de 1209. Ele talvez foi também preceptor do castelo de Saped antes de 1188, quando os exércitos de Saladino o tomaram. O primeiro ato oficial de De Chartres veio em seu primeiro ano como Mestre quando ele foi chamado para ajudar na coroação de Jean de Brienne como o novo rei de Jerusalém. Este foi, naturalmente, apenas o título honorífico para De Brienne como Saladino havia controlado a cidade desde 1187.
Em 1211, o conflito com o rei da Armênia acabou e os Templários retornaram às suas fortalezas. No início de seu mandato como Mestre, de Chartres construiu a fortaleza de Château-Pèlerin (Athlit), na estrada entre Cesareia e Haifa. De acordo com Crônicas, esta fortaleza causou mais danos aos muçulmanos que todo o exército em combate. Bem como a construção de fortalezas, Guilherme de Chartres também fez-se ocupado com os problemas da Reconquista na Península Ibérica. Ele enviou uma série de reforços e equipamentos para a área. Em 1212, os Templários participaram vitoriosamente na Batalha de Navas de Tolosa. Esta batalha marcou um passo importante na "Reconquista". Em 1217, os Templários participaram na batalha e o cerco de Alcazar de Segóvia. Durante esse tempo, a influência dos Templários no reino de Espanha atingiu o seu auge. Reis e grandes senhores ofereceram vários domínios e fortalezas para a Ordem, como a cidade de Tortosa (sul da Catalunha) e o castelo de Azuda (Sudda).
Outros eventos de 1217 incluíram a saída dos exércitos da Quinta Cruzada à Terra Santa. Além disso Jean de Brienne (rei de Jerusalém), Andre II (Rei da Hungria), e Pelage (o legado pontifício) decidiram invadir o Egito pelo mar, começando em Damieta. Contra o seu julgamento, Guilherme de Chartres era obrigado a seguir essa conquista. O cerco à cidade de Damieta durou 18 meses. Durante este tempo todos os ataque falharam. Para piorar a situação, entraram em conflito em relação ao comando do exército, isso permitiu aos muçulmanos enviarem um exército para reforçar Damieta. Guilherme de Chartres chefiou o exército dos Templários à medida que foi se deparava com estes reforços, na tentativa de salvar as tropas cristãs de um grande desastre. Guilherme de Chartres morreu perante Damieta em agosto de 1218, não nas mãos dos muçulmanos, mas por causa da praga que se espalhou por todo o exército franco.
15º Pedro de Montaigu
História
Mestre da província de Aragão desde 1211, Pierre de Montaigu participou ao lado de Guilherme de Chartres no cerco de Damieta. Com a morte Guilherme, em agosto de 1218, Pierre de Montaigu foi imediatamente eleito Grão-Mestre pelos templários reunidos para um Capítulo Geral. O cerco de Damieta continuou, mas uma discórdia parece ocorrer dentro das fileiras muçulmanas. Os Francos aproveitaram isso para atravessar o rio Nilo e fazer um ataque surpresa nas planícies férteis do delta do Nilo. Lá, as forças francas encontraram-se cara a cara com as tropas muçulmanas do sultão do Cairo e o sultão de Damas, que pôs suas rixas de lado para se unir contra a ameaça cristã.
Pierre de Montaigu, com Guerin de Montaigu, Mestre dos Hospitalários (e talvez seu irmão), e Herman von Salza, Mestre da Ordem Teutônica, estabelecidos para atender o exército muçulmano. O muro de ferro criado pelos cavaleiros das três Ordens contiveram os ataques muçulmanos sem problema. Na verdade o ataque só resultou em soldados Mulsim feridos contra as lanças francas e escudos. (Cronista Mathieu Paris descreveu a força Franca como "um muro de bronze, que abrangeu todos os soldados cristãos”).
Um tempo depois desta batalha, Aláqueme o sultão de Damas propôs uma trégua aos cristãos. Ele negociou um acordo com o Mestre do Templo. O negócio incluiu um fim ao cerco de Damas, em troca de: a retrocessão do Reino e da cidade de Jerusalém, o retorno da verdadeira cruz capturado durante a Batalha de Hatim e a libertação de mil prisioneiros Francos. A maioria dos Lordes Francos concordaram com esta proposição, mas Pierre de Montaigu, em obediência à pressão exercida pela Legado Pelage, recusou a oferta generosa. Assim, o cerco da cidade continuou os Francos capturados em 05 de novembro de 1219. A ocupação durou apenas dois anos, contudo.
Em 1221, a cidade foi reconquistada pelos muçulmanos e uma trégua de oito anos foi assinada entre muçulmanos e cristãos. Esta trégua permitiu aos Templários enviar uma grande quantidade de reforços a partir da Terra Santa para a Espanha, a fim de participar da Reconquista. Em várias ocasiões, Pierre de Montaigu também teve de desempenhar o papel de mediador entre Jean de Brienne, Legado Pelage e Hospitalários. No curso dessas ocasiões, ele mostrou um grande senso diplomático e conseguiu conciliar as diferentes partes.
Em 1227, o Mestre do Templo e o Mestre do Hospitalários criticaram duramente a atitude do imperador germânico Frederico II. O Imperador preferiu ficar na Itália, em vez de visitar a Terra Santa, como havia prometido ao Papa Honório III e seu sucessor Gregório IX. Frederico II foi excomungado e, como vingança, ele atacou os Templários e domínios capelões dentro de seu território europeu. Várias preceptorias foram saqueadas e alguns Templários e Hospitalários foram mortos.
Ambos Mestres também foram abertamente contra Frederico II, quando só ele negociou a retrocessão da cidade e do reino de Jerusalém com os muçulmanos. O tratado foi assinado em Jafa, no início de 1229, por Frederico II e o sultão do Egito Camil. A cidade foi devolvida à Frederico II, exceto a Mesquita de Omar e a Mesquita de Alacça, locais sagrados do Islã. Pierre de Montaigu acusou Frederico II de querer estabelecer seu poder temporal por tomar para si toda a riqueza da Palestina. Essa acusação não fez nada para acalmar a relação tensa entre os dois antagonistas.
Após a assinatura do tratado Frederico entrou em Jerusalém para ser sagrado rei na Igreja do Santo Sepulcro, apesar de estar excomungado pelo papa Gregório IX no momento. Jean de Brienne foi obrigado a abdicar em favor de Frederico porque tinha casado com sua filha Iolanda, em 1225, quatro anos antes. Quando Frederico II chegou a Jerusalém, uma revolta estourou e ele teve que deixar a cidade às pressas. O imperador germânico acusou o Mestre do Templo de instigar a revolta. Frederico II fugiu às pressas de volta à Europa, pois os seus bens na Itália estavam sendo ameaçados por um exército criado pelo Papa e levar pelo rei destronado, Jean de Brienne.
Após esses episódios, Pierre de Montaigu organizou diversos ataques contra os exércitos muçulmanos, que circundava as poucas cidades remanescentes dos Estados Latinos. De acordo com o obituário de Reims, de Montaigu morreu em janeiro de 1232.
16º Armando de Périgord
Armando de Périgord (em francês: Armand de Périgord/Hermann de Pierre-Grosse; * 1178 - † 1247), veio da família do Conde de Perigord. Nascido em 1178, ele entra muito cedo na Ordem dos Templários e toma a função de Mestre da província da Apúlia e Sicília 1205-1232, quando ele é eleito Grão-Mestre.
A partir de 1232, ele liderou seus cavaleiros em ofensivas contra importantes cidades de Caná, Safed e Séforis e contra as posições muçulmanos em torno do Mar de Tiberíades. Mas todas essas expedições só resultaram numa importante diminuição no número de Templários em todos os Estados Latinos.
Em 1236, a fronteira Sírio-Ciliciana é o palco de um desastre militar dos Templários. 120 cavaleiros com várias centenas de arqueiros e turcópolos tentaram tomar a cidade de Darbsâk (Terbezek). No início, os templários conseguiram entrar na cidade baixa. Mas, rapidamente, os soldados Aiúbidas retiraram-se junto com os reforços para a fortaleza da cidade que ofereceu grande resistência aos Templários. Ao mesmo tempo, a cavalaria de Alepo chegou pela retaguarda mataram os Templários. Dos 120 cavaleiros, menos de 20 conseguiram escapar e voltar para a fortaleza dos Templários de Baghrâs, 15 km distante. Essa batalha também é uma das poucas onde a Beauceant caiu nas mãos dos muçulmanos, depois de seu portador, o corajoso cavaleiro Guilherme de Argenton, ser cortada ao tentar salvá-la.
Além dos conflitos, o início da Grand-Mestrado de Armando de Périgord é mantido ocupado com discussões sobre o interesse e diplomacia que preocupavam as três Ordens. Templários desejavam estabelecer uma aliança com o sultão de Damas, enquanto Hospitalários e Teutônicos preferia se aproximar do sultão do Cairo. Em setembro de 1239, o que a história chamada "Cruzada dos franceses" desembarcou no Acre. Mal liderada pelo conde de Champagne Teobaldo IV e alguns outros cavaleiros extremamente conhecidos, Cruzados não aceitariam também nenhum conselho a partir de qualquer Mestre das Ordens, nem dos lordes dos Estado Latinos. Em setembro, esta cruzada foi aniquilada pelas forças muçulmanas. Templários, Hospitalários e Teutônicos, que se recusaram a juntar-se na maluquice desses cruzados franceses, só recuperaram poucos sobreviventes e abrigá-los em Acre. Armando de Périgord conseguiu obter uma trégua com o sultão de Damas e os Hospitaleiros fizeram o mesmo com o sultão do Egipto. Em 1244, o sultão de Damas pediu ajuda dos Templários para combater os corásmios, uma tribo originária da Ásia Menor empurrada para a Síria pela invasão mongol. Em outubro de 1244, Templários, Hospitalários e Teutônicos, reconciliados finalmente, e o sultão de Damas bravos perto da cidade de La Forbie e os exércitos aliados do sultão do Cairo e de Corásmios. Em 18 de outubro, a coalizão franco-muçulmana é derrotada. Mais de 30.000 morte dos dois lados no campo de batalha. Armand de Périgord é um dos poucos cavaleiros capturados. Apenas cerca de trinta Templários e Hospitalários terá sucesso se juntar Ascalão, ainda em mãos cristãs.
Alguns historiadores mencionam que Armando de Périgord foi morto durante essa batalha perto de La Forbie, o mesmo que o Mestre dos Hospitalários. Alguns outros, por outro lado, falam que ele foi capturado e que morreu no cativeiro em 1247. Contudo, Guillaume de Sonnac aparece apenas como Mestre do Templo em 1247.
17º Ricardo de Bures
Ricardo de Bures foi o décimo sétimo Grão-Mestre da Ordem dos Templários, de 1245 até 1247, de acordo com várias fontes que o mencionam.
Ele é provavelmente eleito temporariamente na expectativa oficial da morte ou renúncia do Grão-Mestre de Pierre de Montaigu.
Está localizado entre Pierre de Montaigu e Armand de Périgors.
Nenhuma Informação Sobre Este Mestre Temporário
Algumas listas cronológicas dos Mestres do Templo dão a Richard de Bures o sucessor de Armand de Périgord. Richard de Bures foi castelão de Chastel Blanc quando ele foi eleito Grande Comandante da Ordem. Ele nunca foi o mestre da ordem. Tendo a morte do Mestre Armand sido aprendida muito depois da data real, Richard foi mencionado como superior dos Cavaleiros Templários. De acordo com a Regra, uma vez que o Mestre morreu, tivemos que proceder à eleição. Deve-se acreditar que enquanto se aguarda a libertação ou a morte do prisioneiro dos Kharismians, um Grande Comandante foi eleito.
18º Guilherme de Sonnac
Guilherme de Sonnac (em francês: Guillaume de Sonnac), nasceu numa grande família do Rouergue. Quando foi eleito Grão-mestre da Ordem dos Templários em 1247, já ocupava elevados cargos na Ordem, tanto na Aquitânia como em Poitou. Chega à Terra Santa no Outono de 1247.
Homem sábio e prudente, excelente em politica e na arte da guerra, Guilherme reorganiza a hierarquia do Templo e faz codificar os arquivos antes de os colocar em lugar seguro.
O magistério de Sonnac foi particularmente violento. Em 1247, os cristãos tinham perdido as bases do poder em Tiberíades, Monte Tabor, Belvoir e Ascalão. Isto provocou uma nova campanha do rei Luís IX de França, que desembarcou em Limassol, Chipre em 17 de setembro 1248. De Sonnac partiu de Acre (Israel) para se encontrar com ele e fazer os preparativos. Pouco depois, o novo Grão-Mestre recebeu um Emir do Sultão, oferecendo aos cruzados um acordo de paz. De Sonnac relata isto ao rei francês, que ordenou a cessar qualquer negociação, sem obter a permissão real em primeiro lugar. Isto assegurou que nova campanha seria dominada pela violência e não com a diplomacia.
Em 1249, acompanha Luis IX na Sétima Cruzada. A 5 de Junho de 1249, o exército cruzado francês, combinado com os Templários comandados por Guilherme de Sonnac, tentam desembarcar no Egipto. O seu objectivo é o mesmo da Quinta Cruzada: Damieta. A luta nas praias egípcias foi dura e o rei combateu com água pela cintura ao lado dos seus homens. Depois de uma longa batalha, os muçulmanos são forçados a retirar, deixando a cidade práticamente sem defesa. No dia seguinte Sonnac escreve a Robert de Sandfort, contando como na manhã a seguir à batalha, Damieta fora tomada sem uma única baixa entre os cruzados. No fim de Novembro Sonnac e o Rei Luis começam a sua marcha para o Cairo, via Almançora.
A 8 de fevereiro de 1250, Guilherme de Sonnac e os seus irmãos do Templo asseguram a retaguarda do exército franco, na batalha de Almançora. A inconsciência do Conde de Artois (Roberto I de Artois), irmão de Louis IX, vai provocar a destruição de uma grande parte do exército cristão. Mais de 280 cavaleiros perdem a vida nesta batalha. Somente cinco cavaleiros, entre eles Guilherme de Sonnac, gravemente ferido na cabeça, retornam ao corpo principal do exército.
Guilherme de Sonnac morre a 11 de fevereiro de 1250.
19º Reinaldo de Vichiers
Reinaldo de Vichy (em francês: Renaud de Vichiers (*1198 - †1252) nascido no domínio familiar de Vichy, Champagne. Foi sucessivamente preceptor de São João de Acre, Mestre da França e finalmente Marechal quando eleito mestre da ordem em 1250. Sua nomeação teve lugar no meio de reforços Templários que chegaram pouco antes da batalha de Bahr Al-Saghir. Alguns dias depois desta batalha, Luís IX foi capturado pelos mamelucos. O prisioneiro deveria ser libertado mediante o pagamento de um resgate de 200000 libras. Lorde de Joinville, cronista do Rei, fez todo o possível para reunir a quantia, mas só conseguiu 30000. Joinville convidou o Mestre do Templo a conceder-lhe um empréstimo para completar o dinheiro do resgate. Reinaldo de Vichy, para espanto dos chefes francos, se recusou a emprestar o dinheiro, dando como pretexto que o dinheiro presente no Templo Galley de Damiette não pertencia ao Templo, mas a um terceiro. No entanto, Renaud de Vichy notificou Joinville que ele não iria tentar nada se ele queria pegar o dinheiro pela força. Joinville cumpriu imediatamente. Ele entrou no Templo Galley, tomou as 30.000 libras e deu o resgate completo para os mamelucos.
Alguns historiadores mencionam que o Capítulo Geral da Ordem julgou a atitude de Reinaldo de Vichy como escandalosa. Eles sugerem que o Capítulo Geral solicitou e obteve a renúncia de de Vichy em 1252. Se isso era verdade ou não, em 1252 Renaldo de Vichy se afastou para um mosteiro onde permaneceu até sua morte em 1257. Outra versão da história menciona que, apesar de sua atitude, de Vichy acompanhado o rei Luís IX em São João de Acre, onde desembarcou pouco tempo depois de sua libertação dos mamelucos. De Vichy aparentemente, então, levou várias incursões para conter as hordas muçulmanas que estavam ocupados destruindo os últimos pertences francos. Nesta versão da história de Vichy levou esses ataques a sua morte em 1257.
20º Tomás Berardo
Tomás Berardo (também Bérard, Béraud ou Bérault ), (? – 25 de março de 1273) foi o 20º Grão-Mestre da Ordem do Templo, de 1256 a 1273.
Ele escreveu várias cartas ao rei Henrique III da Inglaterra descrevendo uma situação miserável na Terra Santa. Ele iniciou a cooperação com outras duas ordens militares, já que havia muita rivalidade entre elas antes. Isto foi acordado pelos seus Grão-Mestres: Hugo de Revel dos Hospitalários e Anão de Sangers hausen dos Cavaleiros Teutônicos.
Em 1266, a grande fortaleza dos Templários de Safed foi sitiada por mamelucos egípcios sob Baibars, o novo sultão do Cairo, após uma tentativa fracassada de conquistar o Castelo do Pelegrino. Parece que a guarnição da fortaleza foi traída por um soldado sírio contratado. Todos os Templários (e Hospitalários) foram decapitados depois que se recusaram a se converter ao islamismo. Outras fortalezas caíram em seguida, entre elas Beaufort, recentemente tomada pelos templários. Além disso, a cidade de Antioquia caiu para Baibars e nunca mais foi reavida pelas forças cristãs. A queda de Antioquia deixou fortalezas templárias nas "Montanhas Nur", "Amano" ou "Montanhas da Santa Luz", facilmente acessíveis a invasores. A fortificação do "Castelo de Gaston (também conhecido como "Castelo de Baghras"), localizada nos montes Amano, na povoação de Bagras. Uma fortificação imensamente resistente no caminho para a Síria, foi defendida apenas por uma pequena guarnição dos Templários. No entanto, eles decidiram proteger a fortaleza, mas foram traídos por um dos irmãos. Enquanto isso, o Grão-Mestre Tomás Berardo enviou um mensageiro carregando uma ordem para se retirar para a fortaleza de Roche-Guillaume. Em fevereiro de 1271, ele ordenou a rendição de Castelo Branco com permissão para se retirar para o Castelo de Tortosa. Em junho, o Castelo de Monforte (Galileia, norte do atual território de Israel) a última fortificação interior dos cristãos na Terra Santa, foi tomada.
Berardo enviou mensagens ao papa pedindo ajuda, e o papa respondeu conclamando a Oitava Cruzada, que nunca chegou. Após a perda da Fortaleza dos Cavaleiros pelos Hospitalários em 1271, foi acordada uma trégua de dez anos entre os cristãos e os muçulmanos.
De acordo com "A Crônica do Templário de Tiro", Berardo morreu em 25 de março de 1273.
21º Guilherme de Beaujeu
Guilherme de Beaujeu (em francês: Guillaume de Beaujeu; ? – 1291) foi o 21º Grão-Mestre dos Cavaleiros Templários, de 1273 até sua morte durante o cerco de Acre em 1291. Ele foi o último Grão-Mestre a presidir a Palestina.
Durante seu mandato, o novo sultão mameluco, Calavuno, conquistou facilmente, em 1289 o condado de Trípoli, que havia ignorado os avisos de Beaujeu. Em 1290, Calavuno marchou sobre o Acre, a capital remanescente do reino de Jerusalém, mas morreu em novembro antes de lançar o ataque. Seu filho Axerafe Calil, no entanto, decidiu continuar a campanha. Beaujeu liderou a defesa da cidade.
Em um ponto durante o cerco, ele largou a espada e se afastou das paredes. Seus cavaleiros protestaram. Beaujeu respondeu: "Je ne m'enfuis pas; je suis mort. Voici le coup". ("Eu não estou fugindo; eu estou morrendo. Aqui está o golpe.") Ele levantou o braço para mostrar a ferida mortal que ele havia recebido - a flecha havia penetrado sua cota, sob a axila, de modo que apenas pequenos orifícios estavam visíveis. Beaujeu morreu de sua ferida e a cidade caiu sob os mamelucos, sinalizando assim o fim da ocupação cruzada da Terra Santa.
22º Teobaldo Galdino
Teobaldo Galdino (em francês: Thibaud Gaudin; em latim: Theobaldus Gaudinus/Galdinus; 1229 - 16 de abril de 1292) foi o Grão Mestre dos Cavaleiros Templários de agosto de 1291 até sua morte, em Abril de 1292. Pela sua grande piedade foi considerado digno da alcunha de "Monge Gaudo".
Vida
A história da Teobaldo Galdino dentro da Ordem é bastante misteriosa. Nascido numa família nobre na área de Chartres ou Blois, França, entrou para a Ordem do Templo bem antes de 1260 porque nessa data, foi feito prisioneiro durante um ataque de Tiberíades. Em 1279, Teobaldo cumpriu a função de "Comandante da Terra de Jerusalém" (não confirmado), a quarta função mais importante na hierarquia templários.
Em 1291, andava ele ao lado de Guilherme de Beaujeu para defender a cidade de Acre, sitiada pelo formidável exército de sultão mameluco Axerafe Calil. Em 18 de Maio, após a morte do referido Guilherme de Beaujeu, Galdino permaneceu nessa cidade de Acre. Os demais cavaleiros da ordem, os homens, mulheres e crianças encontraram refúgio no templo, a grande fortaleza dos Templários. Pedro de Sevry, marechal da ordem, Teobaldo Galdino, tesoureiro da ordem, e seus cavaleiros foram os últimos a defender Acre.
Depois de tentar defenderem a cidade de Acre em conjunto, sem sucesso, Axerafe Calil ofereceu ao marechal da ordem de embarcar para o Chipre, com todos os seus haveres. Tendo sido sido isso acordado, o Emir e 100 mamelucos foram autorizados a entrar na fortaleza. Mas como eles começaram a incomodar as mulheres e alguns rapazes, os cavaleiros templários, furiosos com esse ato, barricaram-se novamente. Naquela noite Pierre enviou ao tesouro da ordem, com o seu comandante Teobaldo Galdino e alguns não-combatentes, de barco para Sidom.
Acre caiu no dia seguinte.
Teobaldo Galdino chegaram com alguns cavaleiros a Sidom, onde foi eleito Grão Mestre. Os Templários estavam determinados a defender essa grande cidade, mas porque faltava um número suficiente de cruzados para o fazerem adequadamente. Então evacuaram-na e se mudaram para o castelo do mar. Teobaldo Galdino passou a Chipre, na esperança de reunir reforços. Para muitos, este foi considerado como um acto de cobardia.
Os Templários lutaram bravamente, mas quando os engenheiros começaram a construir uma ponte, eles navegaram para longe Tortosa. A 14 de julho de 1291 o emir Xujai entrou finalmente no castelo e ordena a sua destruição. Os reforços nunca vieram.
A cidade de Beirute foi tomada em 21 de julho, o castelo de Ibelins e suas muralhas foram completamente destruídas. O sultão ocupou Haifa em 30 de julho e o mosteiro do Carmo foi destruído.
No início de Agosto, os cruzados declaravam para si nada mais do que duas cidades fortificadas, ambas ocupadas pelos Templários. No entanto, as guarnições foram demasiado fracas para enfrentar um cerco, de forma que Tortosa foi evacuada em 3 de agosto e o Castelo do Peregrino em 14 de agosto.
Eles partiram para o mar na direção ao forte de Ruad, duas milhas ao largo da costa de Tortosa, que permaneceu sob seu controle até 1302.
Em Outubro de 1291, um capítulo geral da ordem reuniu-se em Chipre. Esta reunião confirmou a eleição de Teobaldo Galdino como Grão Mestre e nomeou novos dignitários em posições importantes dentro da hierarquia da ordem. É nessa ocasião que Tiago de Molay foi nomeado o marechal, que sucede a Pierre de Sevry, que tinha morrido em Acre. Teobaldo Galdino tentou reorganizar todos os Templários após a devastação das recentes batalhas. Além disso, era necessário defender o Reino da Arménia Menor de um cerco pelos turcos seljúcidas e a ilha de Chipre, ocupada por uma multidão de refugiados. Aparentemente, a tarefa revelou-se assustadora para Teobaldo Galdino, que morreu em 1292 deixando uma enorme tarefa de reconstrução ao seu sucessor, Tiago de Molay.
23º Jacques de Molay
Jacques de Molay, por vezes também chamado Tiago de Molay, (em latim: Iacobus Burgundus; em francês: Jacques de Molay; Pronúncia: (ʒak də molɛ) Jak Demolé; Molay, 1244 — Paris, 18 de março de 1314) foi um nobre, militar, cavaleiro e o último grão-mestre da Ordem dos Cavaleiros Templários. Nascido em Molay, pertencia a uma família da pequena nobreza francesa. É hoje o patrono da Ordem DeMolay.
Biografia
Nascido em Molay, comuna francesa atualmente localizada no departamento de Alto Sona, França, embora à época o vilarejo pertencesse ao Condado da Borgonha. Muito pouco se sabe sobre sua infância e adolescência; aos seus 21 anos de idade, como muitos filhos da nobreza europeia, de Molay entrou para a Ordem dos Cavaleiros Templários (organização sancionada pela Igreja Católica para proteger as estradas entre Jerusalém e Acre - importante porto no mar Mediterrâneo).
Nobres de toda a Europa enviavam os filhos para serem cavaleiros templários, e isso fez com que a Ordem passasse a ser muito rica e popular em todo o continente europeu e Oriente Médio.
Em 1298, Jacques de Molay foi nomeado grão-mestre dos templários (assumiu o cargo após a morte de seu antecessor, Teobaldo Galdino), uma posição de poder e prestígio. Mas passou por uma difícil situação: as Cruzadas não estavam atingindo seus objetivos. O anticristianismo sarraceno derrotou as Cruzadas em batalhas, capturando algumas cidades e portos vitais dos cavaleiros templários e dos hospitalários (outra ordem de cavalaria). Restou apenas um único grupo do confronto contra os sarracenos.
Os templários resolveram, então, se reorganizar e readquirir sua força. Viajaram para a ilha de Chipre, esperando que a população se levantasse em apoio à outra Cruzada. Em vez de apoio público, os cavaleiros atraíram a atenção dos poderosos senhores feudais, muito deles seus parentes, pois para se entrar na ordem teria de se pertencer à nobreza.
Em 1305, o rei da França Filipe IV, o Belo (r. 1285–1314) resolveu obter o controle dos templários para impedir a ascensão da ordem no poder da Igreja Católica. O rei era amigo de Jacques de Molay devido ao parentesco deles; o delfim Carlos, mais tarde Carlos IV (r. 1322–1328), afilhado de Jacques. Mesmo sendo seu amigo, o rei de França tentou juntar a ordem dos Templários e a dos Hospitalários, pois sentiu que as duas formavam uma grande potência econômica e sabia que a Ordem dos Templários possuía várias propriedades e outros tipos de riqueza.
Sem obter o sucesso desejado, de juntar as duas ordens e se tornar um líder absoluto, o então rei de França armou um plano para acabar com a Ordem dos Templários. Chamou o nobre francês Esquino de Floyran com a missão de denegrir a imagem dos templários e de seu grão-mestre, e como recompensa receberia terras pertencentes aos templários logo após derrubá-los. O ano de 1307 marcou o começo da perseguição aos cavaleiros. Apesar de possuir um exército com cerca de 15 000 homens, Jacques foi a França para o funeral de um membro feminino da realeza francesa e levou consigo alguns cavaleiros. Onde foram capturados na madrugada de 13 de outubro por Guilherme de Nogaret, homem de confiança do rei Filipe IV.
Durante sete anos, Jacques de Molay e os cavaleiros aprisionados na masmorra sofreram torturas e viveram em condições subumanas. Enquanto isso, Filipe IV gerenciava as forças do papa Clemente V (1305–1314) para condenar os templários e suas riquezas e propriedades foram confiscadas e dadas a proteção do rei. Mesmo após três julgamentos Jacques continuou sendo leal com seus amigos e cavaleiros, recusando-se a revelar o local das riquezas da Ordem e denunciar seus companheiros.
Em 18 de março de 1314, Jacques de Molay foi levado à Corte Especial. Como evidências, a corte dependia de confissões forjadas, supostamente assinadas pelo grão-mestre. Desmentiu as confissões, sob as leis da época a pena por desmentir era a morte.
Foi julgado pelo Papa Clemente V, e assim como Jacques de Molay o cavaleiro Guido de Auvérnia desmentiu sua confissão e ambos foram condenados. Filipe IV ordenou que ambos fossem queimados naquele mesmo dia. Durante sua morte na fogueira intimou aos seus três algozes, a comparecer diante do tribunal de Deus, amaldiçoando os descendentes do então rei de França.
Grão-mestrado
Jacques de Molay assume o grão-mestrado da ordem em 1298, não se sabendo no entanto a data exata da sua eleição. Eleito em detrimento de outra figura de peso dentro da ordem, Hugo de Pairaud, sobrinho do visitador do templo em França.
O inicio do seu mestrado é marcado pela ação a favor de uma nova cruzada, desenvolvendo uma campanha diplomática na França, Catalunha, Inglaterra, nos estados da península Itálica e nos Estados Pontifícios. Esta campanha visou não só resolver problemas internos da ordem, problemas locais, como disputas entre a ordem e bispos, e também pressionar as coroas e a igreja a uma nova cruzada.
Organizou a partir da ilha de Chipre ataques contra as costas egípcias e síria para enfraquecer os mamelucos, providenciando apoio logístico e armado ao Reino Arménio da Cilícia, e também intentou uma aliança com o Canato da Pérsia, sem resultados visíveis.
Outro assunto discutido durante o seu mestrado foi a fusão entre as duas maiores ordens militares, a dos Templários e a dos Hospitalários. A Ordem do Templo com a perda de Acre começava a ser questionada quanto à razão da sua existência. As suas funções de proteger os peregrinos e de defender a Terra Santa tinham cessado quando se retiraram para a ilha de Chipre. Em maio de 1307 em Poitiers, Jacques de Molay junto do papa Clemente V apresentou uma defesa contra a fusão e ela não se realiza.
A Prisão e o Processo
Jacques de Molay foi sentenciado à morte, em 1314, sendo queimado na Ilha da Cidade, em Paris
Dia 13 de outubro de 1307 no Reino da França, os templários foram presos em massa por ordem de Filipe IV, o rei de França. O grão-mestre Jacques de Molay é capturado em Paris. Imediatamente após a prisão, Guilherme de Nogaret proclama publicamente nos jardins do palácio real em Paris as acusações contra a ordem.
Esta manobra régia impedira o inquérito pontifício pedido pelo próprio grão-mestre, o qual interno à Igreja, discreto e desenvolvido com base no direito canônico, emendaria a ordem das suas faltas promovendo a sua reforma interna.
A prisão, as torturas, as confissões do grão-mestre (De Molay nunca confessou as acusações como menciona anteriormente), criam um conflito diplomático com a Santa Sé, sendo o papa o único com autoridade para efetuar esta ação. Depois de uma guerra diplomática face ao processo instaurado contra a ordem entre Filipe, o Belo e Clemente V, chegam a um impasse, pois estando o grão-mestre e o preceptor da Normandia, Godofredo de Charnay sob custódia dos agentes do rei, estão no entanto protegidos pela imunidade sancionada pelo papa e absolvidos não podendo ser considerados heréticos.
Placa assinalando o lugar da execução de Jacques de Molay, na Ilha da Cidade, em Paris: Neste local, Jacques de Molay, último Grão-Mestre da Ordem dos Templários, foi queimado, em 18 de março de 1314.
Em 1314, o rei pressiona para uma decisão relativa à sorte dos prisioneiros. Já num estado terminal da sua doença, com violentas hemorragias internas que o impedem de sair do leito, Clemente V ordena que uma comissão de bispos trate da questão. As suas ordens seriam a salvação dos prisioneiros ficando estes num regime de prisão perpétua sob custódia apostólica e assegurando ao rei que a temida recuperação da ordem não será efetuada. Perante a comissão, Jacques de Molay e Godofredo de Charnay proclamam a inocência de toda a ordem face às acusações dirigidas a ela, a comissão para o processo e decide consultar a vontade do papa neste assunto.
Ao ver que o processo estava ficando fora do seu controle e estando a absolvição da ordem ainda pendente, Filipe IV, o Belo, decide um golpe de mão para que a questão templária fosse terminada. Ordena o rapto de Jacques de Molay e de Godofredo de Charnay, então sob a custódia da comissão de bispos, e ordena que sejam queimados numa fogueira na Ilha da Cidade, pouco depois das vésperas, em 18 de março de 1314.
Com isso Jacques de Molay passou a ser conhecido como um símbolo de lealdade e companheirismo, pois preferiu morrer a entregar seus companheiros ou faltar com seu juramento.
Comments