Todos nós sabemos que Moral é um sistema de costumes cujo objetivo principal é encontrar o melhor meio de convivência humana.
Ela pode ser analisada sob três pontos de vista: o religioso, o social e o individual.
No que concerne do ponto de vista religioso ou teológico, seus propugnadores asseveram estar baseado na vontade de Deus, que recomenda o cumprimento de suas diretrizes universalistas.
A moral social, criada pelos diversos movimentos filosóficos, está orientada no sentido de práticas que têm por fim beneficiar a coletividade, mantendo-a num ambiente fraterno e harmonioso.
Já a moral individual é ditada pelas noções do dever e da razão, visando sempre a consciência do certo e do errado, para não magoar ou ferir, por pensamentos, palavras ou atos, qualquer dos seus semelhantes.
Esses três aspectos agem dentro da mesma finalidade, embora seus princípios costumem sofrer alterações com o passar dos tempos, com as características de cada povo e com os inúmeros sistemas religiosos.
No entanto, o sentido de moral, conforme salientava Hutcheson, é comum a todos os homens, a fim de serem eliminados todos os conflitos existenciais.
Hoje, vamos abordar o Código de Moral Maçônico, que reputamos o mais abrangente e que, se efetivamente praticado, nos levaria a um estado de paz e felicidade inimagináveis.
1. Adore o Grande Arquiteto do Universo.
O verdadeiro culto que devemos dar ao Grande Arquiteto resume-se na prática das boas ações.
2. Procure manter sua alma sempre em estado de pureza para se apresentar dignamente perante a sua própria consciência.
3. Ame o seu próximo como a si mesmo.
4. Não faça mal, esperando receber o bem.
5. Procure fazer o bem, por amor ao próprio bem.
6. Estime os bons, ame os débeis, fuja dos maus, mas não odeie ninguém.
7. Não lisonjeie seu irmão, porquanto tal atitude se assemelha a uma traição. Se seu irmão o lisonjeia, imagine que poderá corrompê-lo.
8. Escute sempre a voz de sua consciência.
9. Seja o pai dos pobres, uma vez que cada suspiro que lhes arranque pela sua dureza é uma maldição que cairá sobre a sua cabeça.
10. Respeite o viajante nacional ou estrangeiro; ajude-o, pois a pessoa dele é sagrada para você.
11. Evite as brigas; não dê ouvidos aos insultos; deixe que a razão fique sempre a seu lado.
12. Reparta o seu pão com o faminto e leve para sua casa os pobres e peregrinos; cubra o desnudo e o valorize.
13. Não seja rápido em irar-se, porque a ira repousa na mente do tolo.
14. Deteste a avareza, pois quem ama as riquezas não tirará nenhum fruto delas e isto também é vaidade.
15. Procure fugir dos ímpios, pois sua casa será arrasada; mas as tendas dos justos florescerão.
16. No caminho da honra e da justiça está a vida, enquanto que o caminho extraviado conduz à morte.
17. O coração dos sábios está onde se pratica a virtude, enquanto que o coração dos tolos é onde se festeja a vaidade.
18. Respeite as mulheres; não abuse jamais de sua debilidade e muito menos pense em desonrá-las.
19. Se você tem um filho, regozije-se; mas lembre-se de que é responsável pelo depósito que lhe foi confiado. Faça com que ele até os dez anos o tema; até os vinte o ame; e até a morte o respeite. Até os dez anos, seja seu mestre; até os vinte, seu pai; e até a morte, seu amigo. Pense em dar-lhe bons princípios, em vez de belas maneiras. Que lhe deva retidão esclarecida e não frívola elegância. Faça dele um homem honesto, em vez de um homem hábil.
20. Se você se envergonha de seu destino, tem orgulho. Pense que ele não o honra nem o degrada, e sim o modo como você o cumpre.
21. Leia e aproveite; veja e imite; reflita e trabalhe; ocupe-se sempre do bem do seu irmão e estará trabalhando para si.
22. Contente-se de tudo, com tudo e por tudo.
23. Não julgue apressadamente as ações dos homens; não os reprove e, muito menos, os elogie. Procure antes sondar seus corações para apreciar suas obras.
24. Viva, entre os profanos, livre sem licenciosidade; grande, sem orgulho; humilde, sem baixeza; e entre os irmãos, firme, sem ser tenaz; severo, sem ser inflexível; e submisso, sem ser servil.
25. Fale moderadamente com os grandes, prudente com os iguais, sinceramente com os amigos, docemente com os pequenos e eternamente com os pobres.
26. Justo e valoroso, você defenderá o oprimido, protegerá a inocência, sem alardear os serviços prestados.
27. Correto apreciador dos homens e das coisas, só levará em conta o mérito pessoal, sejam quais forem as origens, o estado social e a fortuna.
No dia que se generalizarem estas máximas entre os homens, a humanidade será feliz e a Maçonaria terá concluído sua tarefa e contará seu triunfo regenerador. Mas para que elos se generalizem entre os homens, é imprescindível que sejam exemplificadas, vivenciadas por todos os maçons. E só poderá ser considerado um verdadeiro maçom aquele que realiza todas essas vinte e sete normas. Que cada um se julgue, mediante profunda análise interior; e se sentir que não está cumprindo fiel e totalmente o seu Código de Moral, que se comprometa, consigo mesmo, a transformar-se honrando os preceitos de sua Venerável Ordem. Há necessidade de pormos termos à incompreensão, que é sempre movida pelo nosso egoísmo e pela nossa vaidade. Em vez de nos dividirmos em grupos cada vez menores e, por isso mesmo, mais frágeis, procuremos dialogar democraticamente, aceitando a decisão da maioria. Lembremo-nos de que a união faz a força. Não deixemos que o egoísmo, a vaidade e a ambição do poder nos destruam, impedindo a realização do sonho de todas as criaturas: a Paz e a Confraternização.
Assim, segue abaixo a reunião de todos os graus com a menção da moral respectiva, segundo a nossa interpretação, o que poderá formar esse Código de Ética e Moral:
Grau 1 - O Amor Fraternal
Grau 2 - A Prática de Virtude
Grau 3 - A Imortalidade da Alma
Grau 4 - A Fidelidade ao Dever
Grau 5 - A Perfeição
Grau 6 - A Ponderação
Grau 7 - A Justiça Igual para Todos
Grau 8 - O Respeito à Propriedade
Grau 9 - A Confiança na Justiça
Grau 10 - A Credibilidade
Grau 11 - Justa Recompensa
Grau 12 - A Sabedoria
Grau 13 - A Perseverança
Grau 14 - A Busca da Verdade
Grau 15 - A Fidelidade à Palavra Empenhada
Grau 16 - A Recompensa pelas Obras
Grau 17 - A Obediência à Lei
Grau 18 - A Caridade (O Amor)
Grau 19 - A Salvação pela Fé
Grau 20 - A Propagação da Verdade
Grau 21 - A Prática da Humildade
Grau 22 - O Amor ao Trabalho
Grau 23 - A Defesa do Habeas-Corpus
Grau 24 - A Sustentação da Lei do Júri
Grau 25 - O Sacrifício pelo Bem Público
Grau 26 - A Igualdade Social 252 Jesus e a Moral Maçônica
Grau 27 - A Defesa de Ordem Constituída
Grau 28 - O Culto à Natureza Grau
Grau 29 - A Crença em Jesus Cristo Grau
Grau 30 - O Cumprimento da Lei
Grau 31 - O Culto à Justiça
Grau 32 - A Organização
Grau 33 - O Homem Justo
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